Genocídio em Gaza: por que Israel está exterminando o povo palestino e como podemos agir

O genocídio em Gaza não é uma acusação isolada: é um fato documentado pela ONU, Amnesty International e múltiplos organismos de direitos humanos. O que estamos presenciando, quase em tempo real, é a destruição sistemática de um povo: assassinatos em massa, deslocamentos forçados, bloqueio de ajuda humanitária e condições de vida impossíveis. Este artigo explica por que isso é considerado genocídio segundo o direito internacional e quais são as formas mais eficazes de exercer pressão através do boicote a Israel.
Por que o que está acontecendo em Gaza é genocídio?
- Assassinato em massa de civis
Milhares de palestinos, em sua maioria mulheres e crianças, morreram sob bombardeios indiscriminados e ataques planejados contra áreas residenciais, hospitais, escolas e campos de refugiados. - Destruição das condições básicas de vida
Israel bloqueia sistematicamente água, eletricidade, combustível, alimentos e remédios, deixando a população sem meios de sobrevivência. A ONU declarou que isso equivale a criar condições para a destruição física do povo palestino. - Deslocamentos forçados e limpeza étnica
Milhões de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas sob ameaças militares. Ordens de evacuação e o cerco sistemático de áreas urbanas fazem parte de uma estratégia para esvaziar Gaza. - Intenção declarada
Líderes políticos e militares israelenses fizeram declarações públicas que desumanizam os palestinos e justificam seu extermínio. Isso, junto com as políticas aplicadas, demonstra a intenção genocida exigida pelo direito internacional. - Reconhecimento internacional
A Corte Internacional de Justiça já emitiu medidas cautelares reconhecendo que existem motivos fundamentados para considerar que Israel comete genocídio. A Amnesty International e a Comissão de Inquérito da ONU confirmaram essa classificação.
Genocídio em tempo real
Ao contrário de outros genocídios históricos, Gaza é um caso único: está documentada quase ao vivo graças a jornalistas, redes sociais e organizações internacionais. Imagens, testemunhos e dados publicados diariamente confirmam que não se trata de “danos colaterais”, mas de um projeto sistemático para destruir o povo palestino.
Como podemos responder: o boicote a Israel
Diante da inação de muitos governos, a sociedade civil possui uma ferramenta pacífica, porém poderosa: o boicote, desinvestimento e sanções (BDS). Aqui estão algumas formas de participar:
- Boicote econômico
- Recusar produtos israelenses e de empresas cúmplices da ocupação.
- Promover campanhas em supermercados e lojas para identificar e retirar esses produtos.
- Desinvestimento financeiro
- Exigir que universidades, bancos, fundos de pensão e empresas retirem investimentos de companhias que financiam ou se beneficiam do genocídio.
- Sanções culturais e acadêmicas
- Cancelar colaborações com instituições israelenses que apoiam a ocupação ou permanecem em silêncio diante do genocídio.
- Promover espaços culturais e educativos em solidariedade à Palestina.
- Pressão política e diplomática
- Exigir que os governos imponham embargos de armas e sanções a Israel.
- Apoiar resoluções da ONU e tribunais internacionais que exijam responsabilização.
- Ação nas redes sociais e na mídia
- Divulgar testemunhos, relatórios e materiais verificados que mostrem a realidade em Gaza.
- Romper o bloqueio de informações e contestar a narrativa oficial que tenta justificar o injustificável.
Empresas e marcas relacionadas direta ou indiretamente com o genocídio de Israel.
Boicote movimento BDS.

Empresas e marcas citadas em relatórios da ONU, ONGs e campanhas de boicote popular por sua vinculação direta ou indireta com o Estado de Israel e a ocupação da Palestina.
Conclusão
O que está acontecendo em Gaza é um genocídio reconhecido internacionalmente. Não se trata de um “conflito” ou de “danos colaterais”, mas de um plano deliberado para apagar o povo palestino. A história nos julgará não apenas pelos crimes cometidos, mas também pela passividade diante deles. Por isso, o boicote a Israel não é apenas um direito: é um dever moral para deter o extermínio e lutar por justiça.
Referências:
- United Nations – Independent International Commission of Inquiry
- https://en.wikipedia.org/wiki/Independent_International_Commission_of_Inquiry_on_the_Occupied_Palestinian_Territory
- Amnesty International – Relatório 2024
- https://www.amnesty.org/en/latest/news/2024/12/amnesty-international-concludes-israel-is-committing-genocide-against-palestinians-in-gaza
- United Nations News
- https://news.un.org/en/story/2024/03/1147976
- International Court of Justice – Case South Africa v. Israel
- https://www.icj-cij.org/node/203447
- Campanha BDS – Oficial
- https://bdsmovement.net


